sábado, 20 de outubro de 2007

Frio na Barriga

Jogo álcool por todo o corpo, banho-me com álcool.
A paisagem é bela, mas atear fogo aqui pode ser um pouco perigoso. O objetivo apenas sou eu. Sem sujeira.
Tomo um gole ácido e quente; acenderei primeiro na boca. Começará queimando dentro, principalmente por dentro, uma implosão com fúria e ardor.
Banho-me completamente com álcool, gasolina... inflamável.
Pego o isqueiro...
a mão tremula...
sinal de fraqueza...
não, não está na hora...
A água da represa está gelada, mas eu caio. Limpo toda a sujeira, tudo escorre pelo cano.
Quem sabe um outro dia. Não agora.

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