terça-feira, 7 de agosto de 2007

O Começo de um possível meio

Faz frio, principalmente nesta época do ano, junho. Mas é bom, muito bom cair nestas águas geladas, sentir cada pedacinho do corpo estremecer. Em baixo da cachoeira ventos fortes trespassam a água em queda que periodicamente rasga em nossas costas como facas, de gelo. O primeiro mergulho é assustador, a primeira vontade: gritar, gritar alto pois parece que espanta o frio para bem longe, mais longe que a própria voz. Depois do choque uma surpresa, uma sensação confortável, quente, até mesmo calor, um calor refrescante, tão quanto um gole daquela água escura, avermelhada. Boa.

No vale que cai esta cachoeira um passatempo, catar as pedras do fundo do rio. Brincadeira infantil e é ai que estamos, na infância, no vale, no rio, no Patrício, com Horácio. A cada mergulho euforia contida pela água, com os olhos fechados enchemos as mãos ao máximo, voltamos a superfície e berramos novamente, mas que frio! Ah! Jogamos as pedrinhas na beira e com alegria olhamos, com surpresa catamos. Diamante.

3 comentários:

Anônimo disse...

I just dive deep in your texts, without knowing how to come up and breath

(: you're good on it

Udo Nery disse...

Well done! Continue assim.

Raísa disse...

primeiro diamante indiferente que eu vi