Um pesadelo para ninguém, o sonho de ninguém, desejado por ninguém, não sou para ninguém. Único? Sozinho? Não.
Eu apenas sou porque você é para mim, eu criei você e você me inventou.
A gota com a cena anterior projetada se divide em várias com outras cenas semelhantes. Mais distante. Incríveis outras gotículas brilhantes chocam-se, com força torrencial, contra o vidro daquele mesmo ponto de ônibus, daqueles mesmos dois pacientes agora olhando para cima, para a chuva.
Milhares de outras ilhas delirantes como aquela projetam-se nos choques da água e do sal com os mesmos dois pacientes agora personagens.
Um comentário:
coisa de escritor bom e sensível (pleonasmo?) isso de nos deixar em plena sinestesia e ansiando pela próxima cena.
brocou.
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