quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Vela de Vento


Plano
Apesar de escalada

Ritmo
Sem tempo
Todo tempo do mundo

‘Eu vôo sobre a montanha para salvar minha alma novamente’

Oh,
Lugar bonito
Nome infinito

            De longe o cheiro é de tapioca e banana, frita, pouco óleo. Ela não para de falar, sorrir para sempre? Não, doem as bochechas. Às vezes fecha os olhos, boca entreaberta, com areia ainda nos pés. Se eu abro os olhos é para armar a rede, me deitar, uma tenda sobre mim. Sem o mínimo esforço ocular a minha frente é cachoeira, prestando atenção da até pra ouvir.
            De perto é maior, muito maior, mais que nós dois juntos. Se ninguém nos ouve é porque esse lugar é mágico, se ninguém nos vê é porque não querem, ou não podem; talvez pequenino demais para os outros. O que para mim imenso, para nós dois incomensurável. Lugar que vaga no tempo de nossas memórias, lugar nosso.

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